segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eleição: A moda dos “aloucurados”



Você vota. Vota, pois, no Brasil, te obrigam a isso. Não vota por opção, escolha ou vontade, faz isso devido ao rotulo de “Obrigatório”. Após votar, você torce, por mais que não queria ter votado, você torce, espera o resultado, vibra, grita e comemora (ou chora). Sente aquele momento com se fosse o candidato, como se fosse da família.
Se seu candidato ganha, você pula, sai na rua, faz carreata, toca a buzina e acha que foi fundamental para a vitória. O problema é que, igual a você, muitos fizeram muito, até mais que você, pois, geralmente, quem mais se “aloucura” (sim, aloucura é aquela coisa de gritar, chorar copiosamente e fazer daquele momento um parto de quadrigêmeos de mais de 8 quilos cada) ganhou algo, foi pago ou tinha segundas ou terceiras intenções. Você, é, você mesmo, que chamou quem abraçou a candidato de puxa-saco, que riu de quem queria apenas desejar boa sorte para o “seu candidato”, você comemorou pois o bolso tava cheio, não pela simples motivo de ver seu voto ser importante, por mais que tenha sido “obrigatório”.
Agora, se seu candidato perde, você pula, não sai na rua, reclama das carreatas, manda calar as buzinas e acha que foi injustiçado. É assim que funciona, o derrotado sempre acha que foi injustiçado. Solta aquelas profecias: “Quem perde é a população”, “O povo não sabe escolher”, “Perdemos um grande político”, “A população vai sofrer quatro anos sem você, mas depois faremos justiça” e todas outras baboseiras. Faz parte do jogo, perder é um das duas possibilidades na política, ou ganha, ou perde, quem joga tem saber e quem participa do jogo, trabalhando ou “torcendo” também.
O grande problema das eleições é que, hoje, em um país cada vez mais vendido, muita gente depende de fulano ou beltrano. Muitas pessoas vivem da política e, por isso, sofrem mais do que o tal “político derrotado”. Enfim, é isso, a eleição acabou e os vencedores são gloriosos e os derrotas são...gloriosos também. Sem rusgas, profecias apocalípticas ou senso de injustiçado. Daqui a quatro anos tem outra vez, outros vencem, perdem e, se Deus quiser, será a sua vez de fazer carreata. E lembre-se, quem comanda uma nação, não são os políticos: “É flor que quebra o muro, mão que faz o trabalho, POVO QUE FAZ PAÍS”.

Ricardo Moura