sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ele parou, e agora?



Acabou. Não, ele não acabou de defender um pênalti. O que chegou ao fim foi sua trajetória. Marcos sai de cena, deixa o campo para os outros, e quanto mais lembramos dele, mas vemos que os outros, são só os outros. O camisa 12 do Palmeiras foi mais do que um grande goleiro, Marcão era o exemplo do futebol que escuto meu avô falar, aquele do amor a camisa, da paixão pelo jogo, o futebol apenas como futebol e com o valor do futebol.
Marcos era tão “São Marcos” que conseguia assumir um erro sorrindo. E esse sorriso, por mais engraçado que fosse, não soava como desrespeito nem para sua torcida, nem para o adversário. Raros são esses, mas para Marcos, não existia adversário, tamanho o carinho que todos tinham por ele.
Ando emotivo, assumo, mas sabe como é, na minha idade, já vi muitas pessoas que marcaram a minha história, saírem dos holofotes e entrarem para os livros. Chorei no adeus do Romário, sim, eu chorei copiosamente no adeus do velho Baixinho. Me senti pequeno na despedida de Ronaldo, lembrei de quando fui Rrrrrrrrronaldinho por um dia. E agora minha voz fica perdida ouvindo a narração da defesa de Marcos, naquele, que para mim, foi a seu maior momento. Os palmeirenses devem saber do que estou falando.

Para quem prefere o Galvão:


Para quem prefere o José Silvério: